Isso foi discutido na resposta à pergunta n° 113996 , onde diz:
Conversar com uma mulher com quem não se tem parentesco (ou seja, não mahram) deve ser apenas para uma necessidade específica, tal como fazer uma pergunta, comprar ou vender, perguntar sobre o chefe de sua família, e assim por diante. Essas conversas devem ser breves, sem nenhuma dúvida no que for dito ou como será dito.
A ideia de limitar a conversa com mulheres a cinco situações mencionadas na pergunta – que são: perguntar como está a família dela, para fins médicos, para fins financeiros (por exemplo, em uma loja), para descobrir sobre sua personalidade com intuito de adequação ao casamento e para fazer dawah (conhecimento islâmico) – precisa ser abordada com cautela, pois podem ser tomadas como exemplos em vez de limites. Deve-se também aderir às condições estabelecidas pela Shari’ah, mesmo nos casos em que tais conversas são necessárias, como na dawah, no fornecimento de decretos (fatawa), na compra ou venda, etc. E Allah sabe mais.
As mulheres não estão impedidas de falar com homens não mahram quando necessário, como ao lidar diretamente com eles ao comprar coisas ou realizar qualquer outra transação financeira, porque nesses casos é necessário que ambas as partes falem. Uma mulher também pode perguntar a um estudioso sobre alguma questão legal islâmica, ou um homem pode fazer tais perguntas a uma mulher, como comprovado em vários textos do Alcorão e da Sunnah. Dentro das diretrizes descritas acima, não há nada de errado em uma mulher falar com um homem não mahram. Também é permitido aos homens cumprimentar as mulheres com salam e vice-versa, de acordo com a opinião mais correta. Mas, essa saudação deve ser livre de qualquer coisa que possa provocar desejo na pessoa cujo coração está doente, para que esteja a salvo da fitnah e preste atenção às regras descritas acima.
Se houver receio de que a fitnah seja provocada por essa saudação, a mulher deve se abster de iniciar ou retribuir a saudação, pois evitar a fitnah omitindo a saudação é como evitar o mal, e evitar o mal tem precedência sobre fazer algo útil. (Veja al-Mufassal fi Ahkaam al-Mar’ah de ‘Abd al-Karim Zaidaan, vol. 3/276). E Allah sabe mais.
Portanto, sabe-se que não nos referimos a conversas casuais sem necessidade, nem a muitas conversas privadas. Em vez disso, deve ser apenas o necessário para a resposta.
Entrar em detalhes em conversas permitidas ou em questões da shari’ah, quando não há necessidade, leva à remoção de barreiras entre as duas partes, o que pode conduzir a consequências negativas.
E Allah sabe mais.